A Quinta Moléstia, conhecida como Eritema Infeccioso, é uma infecção viral comum especialmente entre crianças na fase escolar e pré-escolar. Apesar de muitas vezes ser considerada uma doença leve, é importante estar atento aos sintomas e às medidas de cuidado, principalmente em grupos de risco, como gestantes e crianças imunocomprometidas.
O Que é Eritema Infeccioso?
O Eritema Infeccioso é uma doença viral causada pelo Parvovírus B19. É frequentemente transmitida por contato com secreções respiratórias, mas também pode ocorrer por transmissão vertical da mãe para o feto durante a gravidez, bem como através de contato com sangue infectado.
Sintomas e Diagnóstico
A infecção pode começar sem muitos sintomas expressivos, mas aproximadamente uma a duas semanas após a infecção, pode-se observar o surgimento de um exantema característico. Este rash começa com um rubor intenso nas bochechas, conhecido como “fácies esbofeteada”, e pode evoluir para um rendilhado em várias partes do corpo. Flutuações no rash podem ocorrer por semanas, dependendo de fatores como temperatura e exposição ao sol.
Sintomas articulares são mais comuns em adultos, enquanto a febre é registrada em apenas 15% a 30% dos casos. Em pacientes com anemia crônica, a infecção pode provocar crises aplásticas que necessitam de transfusões sanguíneas.
Risco em Gestantes e Pacientes Imunocomprometidos
Infecções na gravidez podem ser preocupantes, pois existe o risco de hidropsia fetal ou óbito, principalmente durante a primeira metade da gestação. Mulheres grávidas que possam estar expostas ao vírus devem buscar avaliação médica.
Pacientes com sistema imunológico comprometido ou anemia hemolítica devem ter atenção redobrada e podem necessitar de tratamento especial com anticorpos, além de possível isolamento durante o período de maior contágio.
Tratamento e Cuidados
O tratamento padrão para o Eritema Infeccioso foca em medidas de suporte e alívio de sintomas, como o uso de paracetamol para febre e medicamentos anti-coceira para o desconforto cutâneo. Em casos mais complicados, atendimento médico é essencial.
Prevenção e Recomendações
Não existe vacina disponível para o eritema infeccioso. Medidas de higiene, como lavar as mãos frequentemente, podem reduzir o risco de transmissão. Porém, não há necessidade de isolamento em casos comuns, pois a transmissão ocorre majoritariamente antes do surgimento dos sintomas visíveis. Contudo, é importante ficar atento em ambientes onde convivem gestantes ou pacientes imunocomprometidos.
A prevenção e a informação são sempre o melhor remédio!
Dr. Alberto Dabori é pediatra e diretor médico do Prevent – Centro de Vacinação Preventiva